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40 anos da redemocratização: Sarney cita força das instituições para superar 'acontecimentos danosos' ao comentar tentativa de golpe

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40 anos da redemocratização: Sarney cita força das instituições para superar 'acontecimentos danosos' ao comentar tentativa de golpe

Primeiro presidente civil após a ditadura militar participou de evento em Brasília em celebração à democracia brasileira. Ele foi questionado sobre a análise pelo STF da denúncia da PGR contra Bolsonaro e aliados. O ex-presidente José Sarney (1985-1990) em imagem de arquivo Divulgação/André Medeiros O ex-presidente José Sarney (1985-1990) destacou neste sábado (15) a força das instituições democráticas brasileiras para enfrentar "acontecimentos danosos" ao país. Ele foi questionado sobre a análise pelo Supremo Tribunal Federal da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados por tentativa de golpe de Estado. A Primeira Turma do STF vai iniciar a análise do tema no dia 25 de março. Sarney participou, em Brasília, de um seminário em memória aos 40 anos do início da redemocratização no Brasil. O evento foi realizado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, região central da capital federal. Blog: Sarney cita resistência de militares à sua posse Há exatos 40 anos, terminava a ditadura militar e iniciava-se a redemocratização do Brasil O seminário deste sábado foi promovido pelo jornal "Correio Braziliense", partido Cidadania, Secretaria de Cultura e Economia do Governo do Distrito Federal e Fundação Astrojildo Ferreira. "Acho que esses acontecimentos [tentativa de golpe e atos do 8 de janeiro de 2023] foram extremamente danosos, mas, ao mesmo tempo, repugnados pelo povo brasileiro e por todas as classes", afirmou Sarney, que foi o primeiro civil a presidir o país após 21 anos de ditadura militar. Na sequência, o ex-presidente disse que esses fatos permitiram à sociedade ter a "certeza" da força das instituições democráticas. "As instituições criadas por nós, durante a transição democrática, foram tão fortes, já atravessaram dois processos de impeachment [de Fernando Collor e de Dilma Rousseff], uma tentativa de mudança do Estado Democrático de Direito, no dia 8 de janeiro, e, agora, livremente, o STF está julgando aqueles que apurar que sejam os culpados", acrescentou o emedebista. Para Sarney, não há uma crise democrática no Brasil, mas "o preço da liberdade é a eterna vigilância". "Estamos com as instituições muito fortes, as Forças Armadas, o poder civil, o Congresso, os tribunais, e a sociedade funcionando livremente. Um clima de absoluta liberdade, que conquistamos, o povo brasileiro, através da transição democrática [na década de 1980]", declarou. Durante discurso no seminário, o emedebista – que está com 94 anos e chegou a apoiar a ditadura – disse que muitas vezes o país esteve diante de "retrocessos" em momentos "desafiadores", mas conseguiu atravessá-los. "Hoje, ao olhar o Brasil, vejo como chegamos longe. Nossa democracia amadureceu, está pronta no coração do Brasileiro", afirmou o ex-presidente, que tomou posse em 15 de março de 1985 e presidiu o país por cinco anos. Após a transição, o Brasil vive o maior período de democracia sem interrupções: 40 anos. Repercussão José Sarney toma posse após morte de Tancredo Neves. Ele governou o país de 15 de Março de 1985 à 15 de Março de 1990 Agência Senado Nas redes sociais, vários políticos se manifestaram sobre a data que marca os 40 anos da redemocratização no Brasil. A ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) disse que a luta pela volta da democracia no país "custou sacrifício" e a vida de muitos que enfrentaram a ditadura. E afirmou que quem atentou contra a democracia terá de responder, dentro do devido processo legal, "no estado democrático de direito que tentaram romper". "É importante homenagear Sarney nos tempos atuais, em que temos de defender a democracia novamente, frente aos que tramaram golpes contra a soberania popular em nosso país", declarou a responsável pela articulação política do governo Lula. A ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) afirmou que já são 40 anos de "conquistas sociais relevantes", como a institucionalização da igualdade racial na agenda de governo e "tantos programas sociais que melhoraram a vida da população". "É um dia de orgulho e chamado coletivo para a importância de cuidar da democracia, fortalecer as instituições, garantir o exercício pleno dos direitos e enfrentar todo dia a desinformação, amiga íntima do autoritarismo. Não podemos retroceder", afirmou Anielle. O deputado federal Baleia Rossi (SP), presidente do MDB, ressaltou o papel do partido na luta pelo fim da ditadura militar. "Tancredo Neves e José Sarney foram a grande esperança da retomada democrática. Infelizmente, Tancredo faleceu antes de ser empossado. Sarney cumpriu sua missão. Viva a democracia", disse em uma rede social.

Publicada por: RBSYS

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