Júlia representa a quarta geração de cacauicultores. O Globo Repórter desta sexta-feira (15) contou a história dessa menina baiana de 11 anos. Conheça a história da menina que transformou o cacau plantado pela família em uma fábrica
O Globo Repórter desta sexta-feira (15) mostrou a história da Julia, uma pequena baiana de apenas 11 anos que deu um novo rumo ao negócio da família - no quintal de casa brinca de colher os cacaus cultivados por sua família.
Ela que representa a quarta geração de cacauicultores, herdou a paixão pelo fruto e foi além: fabricar o chocolate com o cacau que plantam.
“Eu experimentava o chocolate que os clientes do meu pai faziam. Aí um dia eu cheguei para ele e disse: 'pai, por que a gente não pode também fazer chocolate com ele?”', conta.
A ideia, segundo a mãe de Júlia, surgiu quando a filha estava com sete anos.
“E aí ela já veio com um plano de trabalho escrito por ela. Lógico que para uma criança de 7 anos", relembra.
Conheça a história da menina que transformou o cacau plantado pela família em uma fábrica
Reprodução/TV Globo
Júlia pediu de aniversário de oito anos uma máquina de fazer chocolate. “A gente começou a brincar e fazer chocolate na cozinha da nossa casa”, conta menina.
O que era brincadeira virou um negócio. Três anos da primeira máquina, a produção de chocolate não parou mais. Foi preciso comprar mais equipamentos e se estruturar para a "fantástica fábrica de chocolate da Júlia".
Conheça a história da menina que transformou o cacau plantado pela família em uma fábrica
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O pai, Lucas, comenta como essa mudança de paradigma deu uma nova visão para o nosso negócio da família.
“É sem dúvida uma virada de página. É uma outra visão do negócio com o cacau. Então a gente deixa de ser somente produtor de matéria-prima e passa a vender também um produto acabado, que é o chocolate”, afirma Lucas, pai da Júlia.
“E a saída que a gente encontrou aqui foi investir no cacau especial. Foi uma forma que a gente encontrou de poder cuidar melhor desse patrimônio que o meu avô construiu com todo carinho com tanto amor”, completa.
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O desafio de não comer toda a produção
Júlia confessa que às vezes é tentador comer toda a produção.
“Acho que é um sonho de muita gente ter sua própria fábrica de chocolate [...] dá vontade de comer todo chocolate da fábrica”, afirma a menina.
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A mãe afirma que estabelece uma cota diária de consumo para Julia e seu irmão Pedro, embora ocasionalmente extrapolem.
“A gente meio que estabelece cotas. Para que eles possam comer, mas volta e meia eles escorregam. A gente estabelece. Tipo uma barrinha para ela dividir com o irmão dela todos os dias. Mais ou menos isso.
Mesmo agora, com o negócio consolidado, Julia encara a produção de chocolate com a mesma alegria e entusiasmo de quando era apenas uma brincadeira.
“Assim hoje já não dá mais para dizer que é uma brincadeira. Mas a gente está sempre com alegria como se fosse uma brincadeira em fazer chocolate”.
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Publicada por: RBSYS