Magno Trindade, morador de Paranapanema (SP), transforma o lixo que encontra pelas ruas em arte. Artesão faz itens de decoração e móveis reciclados em Paranapanema (SP)
Magno Trindade/Arquivo pessoal
Promovendo o bem e explorando os limites da criatividade, um artesão de Paranapanema, no interior de São Paulo, transforma objetos achados na rua, que poderiam servir como criadouros para o mosquito da dengue, em arte.
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O que há pouco tempo nem fazia parte da vida do agricultor Magno Trindade hoje é um hobby que poderá virar renda e, ainda, ajudar o meio ambiente. Ao g1, o artesão contou que começou com o projeto há três meses, e criou as primeiras peças assistindo a vídeos de tutoriais na internet.
"O artesanato entrou na minha vida como um presente do céu, porque sempre tive vontade de ajudar em alguma coisa, e creio que estou no caminho certo", conta Magno.
Magno pretende vender as criações no futuro em Paranapanema (SP)
Magno Trindade/Arquivo pessoal
Magno cria brinquedos, itens decorativos e até bancos e cadeiras com os materiais recicláveis que encontra. As opções variam entre itens minimalistas, coloridos e em formato de animais, como pássaros, jacarés e cavalos.
O agricultor iniciou os trabalhos consultando amigos artesãos, que indicaram quais seriam as ferramentas básicas para começar. Atualmente, o artista tem pelo menos 30 peças prontas.
Nas redes sociais, Magno agradece pela oportunidade de se dedicar a esta atividade depois de um dia cansativo de trabalho no campo.
"Só agradecer a Deus! Depois de um dia de trabalho bruto na roça, ainda sobra um tempo para contribuir com o bem, reciclando pneus que poderiam estar com água parada, trazendo perigo para a população", escreveu uma vez.
Magno produz as peças há três meses em Paranapanema (SP)
Magno Trindade/Arquivo pessoal
Ação contra a dengue
Magno planeja expandir o trabalho, começar a vender e otimizar o local para confeccionar as peças, pois, segundo ele, há pouco espaço para guardar os pneus e eles precisam ser armazenados de forma correta para não acumularem água.
"Eu tenho medo, então eu coloco debaixo de uma cobertura, cubro com plástico também, porque sei o perigo que nós estamos correndo. Encaixou melhor ainda por causa da situação que estamos vivendo sobre dengue né, então abracei ainda mais a ideia", finaliza.
O artesão planeja expandir o trabalho de artesanato em Paranapanema (SP)
Magno Trindade/Arquivo pessoal
O g1 entrou em contato com a Prefeitura de Paranapanema para fazer uma consulta sobre os números sobre os casos registrados de dengue, chikungunya e zika na última semana, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
*Colaborou sob a supervisão de Ana Paula Yabiku
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Publicada por: RBSYS