Integrantes da Polícia Federal americana consideram que o histórico de pesquisa indica que o atirador estava amplamente interessado em pessoas poderosas e famosas, sem qualquer padrão ideológico ou partidário óbvio. Atirador pesquisou sobre datas de comícios de Trump e sobre Biden, diz FBI
A Polícia Federal americana revelou que o atirador que tentou matar Donald Trump fez pesquisas na internet sobre ele, mas também sobre o presidente Joe Biden.
Um novo vídeo, obtido pela rede de TV ABC, mostra o atirador caminhando perto do armazém às 17h05. Uma hora e 7 minutos depois, ele dispararia do telhado contra Donald Trump.
Vídeo mostra homem que atirou em Trump caminhando perto do armazém às 17h05
Jornal Nacional/ Reprodução
Segundo a polícia, o homem já havia levantado suspeitas ao passar por um ponto de revista com um telêmetro - um aparelho usado por caçadores para medir e preparar disparos de longa distância. Mesmo assim, ele permaneceu em uma área próxima ao comício.
Na quarta-feira (17), a Polícia Federal americana revelou a deputados e senadores que o atirador tinha dois celulares; que usou para pesquisar sobre Donald Trump e também sobre Joe Biden. Ele procurou imagens e datas de aparições públicas de Trump e a data da convenção do Partido Democrata, do presidente Joe Biden.
Telêmetro é um aparelho usado por caçadores para medir e preparar disparos de longa distância
Jornal Nacional/ Reprodução
O atirador também pesquisou imagens de outras autoridades, como o diretor do FBI e o procurador-geral dos Estados Unidos. Integrantes do FBI consideram que o histórico de pesquisa indica que o atirador estava amplamente interessado em pessoas poderosas e famosas, sem qualquer padrão ideológico ou partidário óbvio.
As análises também revelaram que o atirador simulou o ataque em um jogo de videogame e teria afirmado a outros jogadores que faria a estreia no dia 13 de julho - o dia do ataque.
Segundo o jornal “The New York Times”, o atirador pesquisou sobre “transtorno depressivo grave”. O FBI considera que ele enfrentava algum nível de depressão.
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Nos últimos meses, ele recebeu em casa vários pacotes, alguns marcados como “material perigoso”. Os investigadores não descobriram evidências de cúmplices e não sabem determinar o que motivou o atentado.
Em uma teleconferência com senadores republicanos, a chefe do Serviço Secreto admitiu que sua agência cometeu erros graves. Kimberly Cheatle disse que já informou todo o cronograma do dia do ataque. Alguns senadores abandonaram a reunião, perguntando por que os policiais não agiram antes que o atirador abrisse fogo.
No início da noite desta quinta-feira (18), moradores de Sarver, na Pensilvânia, fizeram uma vigília para Corey Comperatore, o chefe voluntário do Corpo de Bombeiros. Quando os tiros começaram, ele se jogou sobre a mulher e dois filhos para protegê-los. Mas foi atingido na cabeça e morreu na hora.
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Publicada por: RBSYS