Lorena havia sido solta no dia 2 de maio, mas Ministério Público entrou com ação pedindo nova prisão preventiva. Profissional foi indiciada pela morte de paciente após uma lipoaspiração feita em 8 de maio de 2023. Biomédica Lorena Marcondes
Reprodução/Site oficial
A biomédica Lorena Marcondes, indiciada pela morte de Íris Martins após uma lipoaspiração feita em 8 de maio de 2023 em Divinópolis, foi presa pela terceira vez. O g1 contatou a defesa da biomédica para comentar o assunto e aguarda retorno.
O mandado de prisão foi cumprido na manhã desta quinta-feira (9), em Nova Lima. Lorena passou mal e teve que ser levada para uma unidade de saúde na Região Metropolitana de BH, onde passou por atendimento médico e exames durante toda a madrugada. Agora, está internada sob escolta.
Lorena havia deixado o presídio no dia 2 de maio após decisão do juiz Ivan Pacheco de Castro, da 1ª Vara Criminal de Divinópolis.
Porém, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entrou com uma nova ação, com pedido liminar, contra essa decisão.
O pedido foi aceito pela desembargadora Paula Cunha e Silva, da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), que determinou nova prisão preventiva de Lorena.
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A nova decisão
Na decisão, a desembargadora lembrou que Lorena Marcondes teve os requisitos da prisão preventiva analisados pela 6ª Câmara Criminal em julgamento no dia 30 de abril, dois dias antes da decisão do juiz da 1ª Vara Criminal de Divinópolis.
"A Turma Julgadora, por unanimidade, negou o habeas corpus, considerando os requisitos da prisão preventiva da ré", afirmou.
Ainda conforme a desembargadora, fundamentos já elencados em outro julgamento mostram que a biomédica não seguiu medidas cautelares, tentando intimidar testemunhas e causar confusão durante o processo, levantando até dúvidas sobre a imparcialidade das autoridades no caso.
"Ao que parece, portanto, a ré reiteradamente demonstrou sua disposição em descumprir decisões judiciais e prejudicar o andamento da ação penal de origem", pontuou Paula Cunha e Silva.
Entenda o caso
No dia 8 de maio de 2023, a paciente Íris Martins passou mal ao ser submetida a uma lipoaspiração no consultório de Lorena Marcondes;
Ainda no dia 8 de maio, a clínica onde a paciente passou mal durante procedimento estético foi interditada pela Vigilância Sanitária de Divinópolis;
Na noite do dia 8 maio, internada em estado grave, Íris não resistiu e morreu no hospital;
Lorena Marcondes foi presa preventivamente e levada para o Presídio Floramar;
Lorena Marcondes passa ser alvo de investigação do Conselho de Biomedicina;
A Polícia Civil concedeu a primeira entrevista coletiva, onde informou que a biomédica cometeu homicídio doloso e fez exercício ilegal da profissão;
Íris Martins foi sepultada no dia 9 de maio;
Após cumprir 15 dias no Presídio Floramar, a biomédica é liberada e passa cumprir prisão domiciliar;
Cinco meses depois do crime, a Polícia Civil indiciou Lorena por homicídio doloso;
No dia 22 de março, após descumprir medidas cautelares impostas ao regime de prisão domiciliar, Lorena é novamente presa e levada para o Presídio de Vespasiano;
Lorena foi transferida de Vespasiano para o Presídio Floramar, em Divinópolis, no dia 3 de abril;
Lorena é solta do Presídio Floramar no dia 2 de maio.
Lorena é presa pela terceira vez em Nova Lima, no dia 9 de maio.
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Publicada por: RBSYS