A prisão neste domingo (24) de três supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) em 2018 trincou o "pacto político do escritório do crime", afirmam autoridades que participam das investigações.
Com isso, os investigadores acreditam que novas delações podem ser celebradas – além das já homologadas com Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa, possíveis executores do crime em si.
O motorista do carro, Anderson Gomes, também foi executado a tiros naquela noite. Até que as delações viessem à tona, as defesas dos principais acusados vinham negando envolvimento deles nos crimes.
O que dizem as defesas dos alvos da operação
Polícia Federal prende suspeitos do assassinato de Marielle Franco
Segundo as autoridades ouvidas pelo blog, no entanto, a delação de Élcio de Queiroz – que dirigia o carro – tornou inevitável a de Ronnie Lessa – que fez os disparos.
Agora, desmontada a estratégia de negar a autoria e o envolvimento no caso, novas confissões e delações podem surgir.
O pedido de prisão foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira (21). Autorizada rapidamente, a operação foi deflagrada neste domingo para "pegar de surpresa" os três supostos mandantes.
Segundo a PF, o trâmite teve de ser agilizado porque algumas informações da delação já estavam vazando, e esse fluxo poderia atrapalhar as ações futuras da investigação.
A avaliação da Polícia Federal, que assumiu as investigações no governo Lula, é de que "pela primeira vez o coração do crime organizado do Rio é atingido".
Em razão do suposto envolvimento dos presos com milícias no Rio, o ministro Alexandre de Moraes determinou que eles sejam levados para um presídio federal – o que deve acontecer ainda este domingo.
Publicada por: RBSYS