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Datafolha: 88% dos paulistanos são a favor do uso de câmera corporal no uniforme de policiais

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Datafolha: 88% dos paulistanos são a favor do uso de câmera corporal no uniforme de policiais

Pesquisa do Datafolha ouviu 1.090 pessoas entre os dias 7 e 8 de março, e tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. Câmera corporal em uniforme de policial militar do Estado de São Paulo. Rovena Rosa/Agência Brasil Pesquisa do Datafolha divulgada na manhã deste domingo (17) mostra que 88% dos paulistanos são a favor do uso de câmeras por policiais em seus uniformes. Apenas 8% dos entrevistados na cidade de São Paulo foram contrários às câmeras, e 3% responderam que são indiferentes em relação ao tema. A pesquisa entrevistou 1.090 pessoas entre 7 e 8 de março deste ano. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O Datafolha perguntou aos moradores da Capital: "Você é a favor ou contra o uso de câmeras nos uniformes de policiais para que todas as suas ações durante o horário de trabalho sejam filmadas?" Leia mais: Datafolha: 84% dos moradores na cidade de São Paulo reclamam de buracos no asfalto 93% dos moradores do Centro reclamam da presença de população em situação de rua na região, diz Datafolha Para maioria, câmeras corporais reduzem violência A pesquisa também perguntou aos entrevistados se, na opinião deles, "o uso de câmeras nos uniformes contribuiria muito, um pouco ou não contribuiria nada" para uma série de fatores relacionados à redução da morte de policiais e de criminosos, e da ação violenta de criminosos e de maus policiais. Em todos os casos, a maior parte da população paulistana respondeu que elas "contribuiriam muito" para a redução dos indicadores de violência. Esse apoio variou entre 62% e 82%. Veja abaixo as respostas completas: Impedir a ação violenta de maus policiais: Contribuiria muito: 82% Contribuiria um pouco: 11% Não contribuiria em nada: 5% Não sabe: 1% Diminuir a violência de forma geral: Contribuiria muito: 71% Contribuiria um pouco: 17% Não contribuiria em nada: 11% Diminuir a morte de policiais: Contribuiria muito: 69% Contribuiria um pouco: 16% Não contribuiria em nada: 13% Não sabe: 1% Impedir a ação violenta de criminosos: Contribuiria muito: 65% Contribuiria um pouco: 20% Não contribuiria em nada: 15% Diminuir a morte de criminosos: Contribuiria muito: 62% Contribuiria um pouco: 20% Não contribuiria em nada: 15% Não sabe: 3% Entenda como funcionam as câmeras corporais usadas pela PM de São Paulo Uso de câmeras corporais na PM de São Paulo A implantação do programa de acoplar câmeras aos uniformes de policiais militares, batizado de "Olho Vivo", começou em São Paulo em julho de 2020, com 30 aparelhos. Em fevereiro de 2023, pouco depois de o atual governador Tarcísio de Freitas assumir o cargo, a PM paulista já tinha 10.125 câmeras à disposição. No início do governo, Tarcísio, que se posicionou contrário às câmeras durante a campanha de 2022, chegou a dizer que estudava ampliar o programa. O número, porém, permaneceu estagnado pelo menos até junho de 2023, segundo levantamento feito pelo g1. Em outubro, o governador decidiu tirar R$ 15 milhões da verba destinada ao programa, um corte de cerca de 10% do valor total. Na época, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) alegou queda na arrecadação como justificativa. Em setembro, uma ação civil pública pediu que a Justiça obrigasse o governo de São Paulo a instalar câmeras corporais nos policiais militares e civis que atuam na Operação Escudo, na Baixada Santista. A Justiça de São Paulo chegou a atender o pedido da Defensoria Pública do Estado e do Ministério Público (MP-SP), mas a liminar foi suspensa no dia seguinte. O caso foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro e, nesta sexta-feira (15), o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, deu prazo de 10 dias para que o estado de São Paulo se manifeste diante de uma ação da Defensoria Pública, que pede o uso de câmeras corporais nas fardas da Polícia Militar. O uso do equipamento nos uniformes da PM em SP evitou 104 mortes, segundo levantamento da FGV em dezembro de 2022 e a letalidade dos policiais em serviço foi a menor da história no ano passado, de acordo com um estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em parceria com a Unicef divulgado em maio de 2023.

Publicada por: RBSYS

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