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De cor azul vibrante, serpente recebe o nome de Rita Lee em homenagem à cantora

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De cor azul vibrante, serpente recebe o nome de Rita Lee em homenagem à cantora

Víbora-de-lábios-brancos chegou ao Instituto Butantan após apreensão por tráfico de animais silvestres e chamou atenção de pesquisadores pela aparência bastante diferente. A víbora-de-lábios-brancos (Trimeresurus insularis) chegou ao Instituto Butantan em José Felipe Batista/Comunicação Butantan Conhecida como a “rainha do rock brasileiro”, a cantora e compositora Rita Lee representa um marco na história da música nacional. A artista foi uma das primeiras mulheres a tocar guitarra no palco e sua atitude, irreverência e autenticidade nos shows se tornaram sua marca registrada. Além dos muitos hits que emplacou e carreira de sucesso, Rita Lee também se preocupava com questões relacionadas à conservação do meio ambiente e era uma ativista dos animais. Inclusive, em 1974 durante um show de Alice Cooper em São Paulo, a cantora resgatou duas jiboias que estavam sendo maltratadas pelo rockeiro e as levou embora do backstage. A relação de Rita Lee com as cobras ainda vai um pouco além. Durante uma apresentação da música “Erva Venenosa”, ela se vestiu de naja. A letra “é pior do que cobra cascavel, seu veneno é cruel-uel-uel-uel”, é uma referência à personagem dos quadrinhos Poison Ivy, uma anti-heroína da DC Comics, cujo desejo é devolver o planeta Terra à sua fauna e flora originais. Cantora e compositora Rita Lee vestida de naja Reprodução/redes sociais Essas situações, na verdade, se cruzam com a história de uma espécie que chegou ao Instituto Butantan em fevereiro de 2023, chamando a atenção de pesquisadores por ser um animal bastante diferente. A cor azul, os olhos vermelhos e a cauda preênsil de cor vibrante foram fatores determinantes para que a equipe do Butantan batizasse a cobra com o nome de Rita Lee. “A Rita Lee foi inovadora nas ideias, na música e se preocupava com a conservação do meio ambiente. Foi uma homenagem pela importante influência dela na nossa cultura, especialmente para as mulheres, e para incentivar as meninas a se interessarem mais por ciência”, conta a pesquisadora científica do Museu Biológico do Instituto Butantan, Silvia Regina Travaglia Cardoso. A víbora-de-lábios-brancos é uma serpente peçonhenta que ocorre na Indonésia e no Timor-Leste. José Felipe Batista/Comunicação Butantan A espécie Em 2023, a víbora-de-lábios-brancos (Trimeresurus insularis) chegou ao Instituto Butantan como vítima do tráfico internacional de animais silvestres. Ela foi resgatada na Bahia com outros 59 animais, entre serpentes e lagartos, que eram transportados ilegalmente dentro de um ônibus vindo de São Paulo. Os animais foram apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal e levados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres de Porto Seguro (BA). Posteriormente, alguns desses animais foram encaminhados ao Museu Biológico do Instituto Butantan. Silvia conta que ao chegar ao Museu Biológico a serpente passou por um período em quarentena, onde os animais passam por exames clínicos e por um período de adaptação. Após sair da quarentena, passou a ocupar um recinto preparado especialmente para receber o animal. É uma espécie de hábitos arborícolas, caçadora crepuscular e noturna. José Felipe Batista/Comunicação Butantan “O recinto foi ambientado com base no habitat natural da espécie, com plantas, muitos galhos, cipós e rochas, além de abrigos disponíveis em diferentes estratos, fonte de água e aquecimento, permitindo ao animal escolher os locais de sua preferência para repouso, locomoção e alimentação”, explica. A víbora-de-lábios-brancos é uma serpente peçonhenta que ocorre na Indonésia e no Timor-Leste, além disso, a maioria dos indivíduos da espécie Trimeresurus insularis apresenta coloração verde. Em algumas localidades encontramos indivíduos de coloração amarela. O padrão de coloração azul, considerado o mais raro, ocorre apenas em algumas ilhas da Indonésia. Silvia Cardoso é a pesquisadora científica que cuida de Rita Lee. José Felipe Batista/Comunicação Butantan É uma espécie de hábitos arborícolas, caçadora crepuscular e noturna. Na natureza, se alimenta principalmente de pequenos mamíferos, pequenos pássaros, anfíbios e lagartos, mas em cativeiro, está se alimentando de pequenos camundongos. Como é uma serpente arborícola, ela captura e ingere suas presas sobre os galhos. Silvia relata que Rita Lee, a cobra resgatada pelo Museu Biológico, gosta de se abrigar dentro de uma sapucaia. VÍDEOS: Destaques Terra da Gente Veja mais conteúdos sobre a natureza no Terra da Gente

Publicada por: RBSYS

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