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Diretora da Enel culpa calor por quedas de energia da semana e diz não saber quem desconectou a rede em SP

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Diretora da Enel culpa calor por quedas de energia da semana e diz não saber quem desconectou a rede em SP

Karine Torres também afirmou em entrevista exclusiva ao SP2 que ligações clandestinas e a alta demanda do consumo atrapalharam a prestação do serviço. Diretora da ENEL explica apagão no centro de São Paulo A diretora de rede de alta tensão e subterrâneo da Enel, Karine Torres, afirmou que as frequentes interrupções de energia elétrica em São Paulo foram provocadas pelo calor excessivo. As declarações foram feitas durante entrevista exclusiva ao SP2, nesta sexta-feira (22). O centro da capital paulista segue sem luz após a terceira queda de energia registrada somente nesta semana. “Esse sequenciamento de dias com alta temperatura provoca um stress térmico em todo o nosso ativo, seja ele cabos ou equipamentos instalados na rede subterrânea. Aliado a isso, o aumento de carga, muitas delas à revelia ou por ligações clandestinas. Esse aumento de carga, aliado ao calor, realmente provoca um estresse dos equipamentos e que ocasionou o desligamento ontem”, justificou Karine. Questionada sobre a capacidade da estrutura da Enel em atender a alta demanda, a diretora da concessionária disse que a rede está estruturada, porém ligações clandestinas em alguns pontos da cidade – como na região da 25 de Março – e a falta de comunicação da população sobre o aumento do consumo de energia atrapalham a prestação de serviço da empresa. “O que acontece é que muitas vezes as pessoas têm expansão do consumo de energia e essa expansão de consumo de energia nem sempre é reportada para os nossos canais. A gente não tem o conhecimento do que as pessoas estão realmente consumindo de energia”, complementou Torres. A diretora também afirmou que as três quedas de energia registradas no centro da cidade têm origens diferentes. Na segunda-feira (18), cinco bairros do centro ficaram sem luz. O problema foi causado por uma falha na rede subterrânea. Inicialmente, a Enel declarou que a origem do problema foi uma obra da Sabesp, que negou a acusação. Somente 1% da rede da Enel em São Paulo é subterrânea. Durante a entrevista, Torres explicou que esse método é mais confiável, porém apresenta dois problemas: “o acesso a essas redes e a identificação dos problemas”. Em razão dessa complexidade, a empresa ainda não descobriu o responsável pela desconexão da rede – que afetou mais de 35 mil pessoas, além de hospitais e lojas. As outras quedas de energia, registradas nesta quinta-feira (21), foram provocadas por “um desligamento de setores diferentes” por causa das altas temperaturas, afirmou Torres. “São Paulo teve a maior média histórica no mês de março dos últimos anos. “Dias muito quentes aliados ao consumo excessivo de energia. O consumo não somente declarado, aquele que a concessionária Enel tem conhecimento, mas também o aumento de carga à revelia – isso a gente não consegue mensurar exatamente – além de ligações clandestinas. E todo esse consumo aliado ao calor ocasionaram esses problemas na nossa rede”. Nunes diz estar 'de mãos atadas' com relação à Enel O prefeito Ricardo Nunes (MDB) fez na manhã desta sexta-feira (22) críticas à Enel e chamou a empresa de “irresponsável”, durante entrevista coletiva em uma agenda na Zona Sul. Também afirmou que ela “não pode mais continuar na cidade de São Paulo”. Por se tratar de concessão federal, o prefeito disse que está “de mãos atadas”: “Não posso multar, não posso tirá-la daqui. Quem faz isso é o governo federal, quem pode terminar essa concessão e aplicar as multas é a Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica]”. “Eu já entrei com duas ações judiciais contra a Enel na Justiça de São Paulo, representei a Enel na Agência Nacional de Energia Elétrica, porque a Enel tem a concessão, regulação e fiscalização do governo federal. Nós estamos de mãos amarradas. Também fiz uma representação no Tribunal de Contas da União”, afirmou. O prefeito disse também que foi elaborada uma proposta de alteração de lei federal para as prefeituras passarem a fiscalizar esse tipo de concessão. Ação do município contra a Enel A Prefeitura de São Paulo vai representar novamente contra a Enel no governo federal, por meio da Aneel e do TCU. A ação ocorre após os inúmeros e frequentes problemas de falta de energia na cidade. Nesta semana, o Centro da capital foi afetado desde a segunda (18), quando mais de 35 mil clientes ficaram sem luz. Na quarta e na quinta, novas quedas atingiram os consumidores da região. Em nota, a gestão municipal afirmou que já havia ingressado recentemente com duas ações judiciais contra a empresa nesses dois órgãos. A prefeitura se diz "indignada com a falta de respeito da ENEL com a população de São Paulo." Governo federal pede punição Na terça (19), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, encaminhou um ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), responsável pela fiscalização dos serviços prestados pela concessionária ENEL, determinando "célere e rígida apuração dos fatos, bem como responsabilização e punição rigorosa da concessionária", que tem de apresentado problemas constantes na qualidade da prestação dos serviços. Ação da Alesp Na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), os deputados estaduais formaram uma frente parlamentar para investigar os trabalhos da Enel no estado. O grupo se chama 'Frente Parlamentar de Defesa dos Municípios Atendidos pela ENEL Distribuição São Paulo'. O coordenador da frente, deputado Thiago Auricchio (PL), enviou um ofício pedindo esclarecimentos para e empresa em relação as mais de 24 horas do Centro de SP sem energia elétrica. Funcionário da Enel trabalha para restabelecer energia no Centro de SP. Algumas regiões ficaram 3 dias sem luz Allison Sales/Fotorua/Estadão Conteúdo

Publicada por: RBSYS

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