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Escola que funciona em prédio tombado em Ribeirão Preto não pode ter ar-condicionado e alunos sofrem com calor em sala de aula

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Escola que funciona em prédio tombado em Ribeirão Preto não pode ter ar-condicionado e alunos sofrem com calor em sala de aula

Instalação de aparelhos depende de aprovação do Condephaat. Adolescentes relatam desmaios e mal-estar causados por altas temperaturas. Alunos de escola em Ribeirão Preto reclamam do calor dentro de sala de aula Instalação de aparelhos depende de aprovação do Condephaat. Adolescentes relatam desmaios e mal-estar causados por altas temperaturas. Alunos de uma escola de Ribeirão Preto (SP), que funciona em um prédio tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), estão sofrendo com o calor extremo registrado na cidade nos últimos dias. Sem ar-condicionado, assistir às aulas tem sido tarefa difícil e muitos adolescentes relatam desmaios e tonturas por conta das altas temperaturas. A cidade passa por uma onda de calor que atinge algumas regiões brasileiras e a previsão é de que as temperaturas ultrapassem os 38ºC na próxima semana. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp O problema acontece na Escola Estadual Otoniel Mota, que fica no Centro. Fundada em 1907, a unidade integra o conjunto de 126 escolas públicas construídas pelo governo do Estado de São Paulo entre 1890 e 1930. Todas elas se tornaram prédios tombados pelo Condephaat em 2010 e qualquer alteração, por mínima que seja, precisa ser aprovada pelo conselho. Vídeos aos quais a EPTV, afiliada da TV Globo, teve acesso mostram alunos prostrados nas carteiras e se abanando com cadernos para tentar diminuir a sensação de abafamento. (veja mais acima) LEIA TAMBÉM Sem ar-condicionado e ventilador, crianças tiram camiseta em escola de Ribeirão Preto para enfrentar calor: 'É desumano' Nova onda de calor coloca região de Ribeirão Preto em alerta laranja, diz Inmet Março promete temperaturas acima da média e termômetros a 37°C na região de Ribeirão O estudante Leonardo Gabriel de Brito Souza, de 16 anos, que faz parte do Grêmio Estudantil da escola, diz que há um ano tentam negociar a instalação de ares-condicionados, mas as tratativas são barradas por conta do procedimento para mudar o prédio, por conta do tombamento. "Sempre é essa mesma desculpa, que o prédio é tombado, os fios são velhos e vai pegar fogo, precisa colocar um novo poste. Não tem diálogo, não tem tentativa. É sempre 'não dá e pronto'". Alunos de escola estadual em Ribeirão Preto (SP) sofrem com calor extremo Arquivo pessoal Nesta semana, dezenas de alunos chegaram a passar mal por conta do calor. Uma estudante vomitou e outra teve a pressão tão baixa, que desmaiou. "Muitos alunos estão passando mal por causa disso. Minha amiga chegou a vomitar, eu passei muito mal, tive que sair da sala pra lavar o rosto", conta a estudante Maria Clara Marques. À EPTV, a estudante Laura Afonso também relatou dificuldade em se concentrar durante as aulas. "Não dá pra prestar atenção na aula por causa do calor. Chega um momento que não estou prestando mais atenção em nada, só no meu corpo e no tanto que está calor". Alterações precisam ser aprovadas por conselho Por ser tombado como patrimônio histórico, cultural e arquitetônico, o prédio precisa passar por uma análise antes de qualquer alteração. Isso inclui não só mudanças na estrutura, mas também instalação de ar-condicionado nas escolas, por exemplo. Escola Estadual Otoniel Mota, em Ribeirão Preto (SP) Carlos Trinca/EPTV Mas o presidente do Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural (Conppac) de Ribeirão Preto, Lucas Gabriel Pereira, diz que é possível. "O conselho de patrimônio avalia o princípio da mínima intervenção possível e o máximo de resultado que irá ser voltado à população, nesse caso específico, aos alunos e aos profissionais que trabalham, professores, funcionários da limpeza. É isso que tem de ser levado em conta". Segundo ele, o necessário agora é ter um projeto para ser levado ao Condephaat. "Se tiver um projeto que nós consigamos manter uma estética preservada ou minimamente afetada, e a possibilidade de fazermos a implantação do sistema de ar-condicionado por outros meios, ele será aprovado. Basta que tenha um projeto". À EPTV, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo disse que cada sala de aula da escola tem de três a quatro ventiladores e que todos estão em 'pleno funcionamento'. A pasta também informou que a instalação de ar-condicionado só será possível a partir da readequação das redes elétricas da escola e o trabalho já está sendo feito. Assista à reportagem do EPTV2 Alunos de escola em Ribeirão passam mal com calor em sala de aula Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto e região

Publicada por: RBSYS

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