Em comunicado, a Casa Branca destacou que o presidente russo 'prendeu seus oponentes e impediu concorrência contra ele'. Países também criticaram as ofensivas contra a Ucrânia. Eleições na Rússia: Putin é reeleito com 87,87% dos votos
Após a divulgação dos primeiros resultados oficiais que apontam a vitória de Vladimir Putin em eleição presidencial na Rússia neste domingo (17), a Casa Branca, sede do governo dos EUA, disse que o pleito "obviamente não foi livre nem justo".
Ao criticar o processo eleitoral, os Estados Unidos ressaltaram que "Vladimir Putin prendeu seus oponentes e impediu que outros concorressem contra ele".
Putin venceu a eleição com 87,97% dos votos, de acordo com os primeiros resultados oficiais divulgados neste domingo. Com isso, o atual presidente se manterá no poder até 2030. Saiba como foi o pleito.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também se manifestou sobre o resultado. Para o mandatário, não há legitimidade no processo — o qual ele chamou de "imitação de eleições".
“É claro para todos no mundo que essa figura — como já aconteceu muitas vezes ao longo da história — está simplesmente doente pelo poder e está fazendo de tudo para governar para sempre”, afirmou. "Essa pessoa deveria ser julgada em Haia. É isso que temos de garantir."
A afirmação de Zelensky ocorre em meio às ofensivas da Rússia contra a Ucrânia, em uma guerra que dura mais de dois anos e não tem perspectiva de acabar.
Ao mencionar julgamento em Haia, o presidente ucraniano se refere ao Tribunal Penal Internacional de Haia, que já chegou a pedir pela prisão de Putin por crimes de guerra.
Eleitores fazem fila para entrar em local de votação em Moscou, na Rússia.
Reuters
Antes mesmo de saírem os primeiros resultados da eleição russa, o governo da Alemanha já havia chamado o processo de "pseudo-eleição" e afirmado que o pleito "não é livre e nem justo".
"O governo de Putin é autoritário. Ele depende da censura, da repressão e da violência. As 'eleições' nos territórios ocupados da Ucrânia são nulas, sem efeito e outra violação do direito internacional", escreveu o Ministério Exterior do país no X (antigo Twitter).
O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, por sua vez, afirmou que "ao realizar eleições ilegalmente em território ucraniano, a Rússia demonstra que não está interessada em encontrar um caminho para a paz".
"O Reino Unido continuará a fornecer ajuda humanitária, econômica e militar aos ucranianos que defendem a sua democracia", conclui a pasta, em publicação no X.
Publicada por: RBSYS