Força-tarefa cumpriu oito mandados em Belo Horizonte, Nova Lima e Contagem contra grupo Boreda. Empresa diz que recebeu a operação "com surpresa", uma vez que está em recuperação judicial e os débitos tributários "são de conhecimento do fisco estadual". Força-tarefa cumpriu oito mandados em Belo Horizonte, Nova Lima e Contagem contra grupo Boreda. Divulgação/MPMG Uma força-tarefa deflagrou nesta quarta-feira (9) a Operação Héstia, que investiga um esquema de sonegação fiscal, associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro no setor de produção de embalagens de alumínio em Minas Gerais. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em oito endereços nos municípios de Belo Horizonte, Nova Lima e Contagem, incluindo sete empresas e duas residências, além de buscas pessoais em oito indivíduos, em ação que envolve o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Receita Estadual, a Polícia Civil e a Polícia Militar. O grupo empresarial Boreda acumula mais de 72 processos tributários em aberto, que, juntos, somam R$ 90 milhões em dívidas de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS). Em nota, a empresa diz que recebeu a operação "com surpresa", uma vez que os débitos tributários dela "são de conhecimento do fisco estadual". Diz, ainda, que se encontra em recuperação judicial e que esses débitos estão informados no processo. (clique e leia a nota na íntegra abaixo) Fabricante de alumínio é alvo de operação contra fraudes em ICMS Segundo a investigação, o esquema envolvia a emissão de documentos fiscais falsos, a criação de empresas de fachada e a substituição de “laranjas” na gestão de empresas. Os órgãos apontam, ainda, que o esquema prejudicava a competitividade no mercado mineiro "ao criar condições desleais para outros empresários". O nome da operação faz referência à deusa grega Héstia, associada ao lar, em alusão à atuação do grupo investigado. O g1 procurou o grupo empresarial Boreda, alvo da operação, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem. Força-tarefa cumpriu oito mandados em Belo Horizonte, Nova Lima e Contagem contra grupo Boreda. Divulgação/MPMG O que diz o grupo empresarial Boreda "A Alumipack Indústria de Embalagens Ltda. em Recuperação Judicial (empresa detentora dos direitos da marca BOREDA) manifesta sua surpresa com a operação deflagrada na sede da empresa em Contagem/MG nesta manhã. A força-tarefa, que visaria apurar esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, além de desproporcional, se mostra absolutamente sem propósito, tendo em vista que TODOS os débitos de ICMS da empresa são de conhecimento do fisco estadual pois foram constituídos por declaração da própria, sendo, portanto, impossível a ocorrência do tipo penal sonegação e, por conseguinte, de lavagem de dinheiro. Para além disso, ressalta-se que a empresa se encontra em processo de Recuperação Judicial desde abril de 2018 (nº 5008811-51.2018.8.13.0079), estando ali informados a maior parte destes débitos, sendo o Estado de Minas Gerais o nosso segundo maior credor. Não obstante, a empresa informa que cooperou com o trabal ho das autoridades e permanece à disposição para o que se fizer necessário de ora em diante." Fabricante de alumínio é alvo de operação contra fraudes em ICMS; sonegação pode ultrapassar os R$ 90 milhões Divulgação/MPMG Vídeos mais assistidos do g1 MG

Publicada por: RBSYS