Uma pesquisa dos democratas mostra que ele está 7 pontos atrás de Donald Trump e perdendo nos estados mais decisivos. Líderes Democratas pressionam Biden a desistir da candidatura
Nomes de peso do Partido Democrata estão pressionando o presidente Joe Biden para que ele desista de concorrer à reeleição.
A candidatura de Joe Biden está por um fio. Agora foi a vez de uma de suas escudeiras mais fiéis entrar em jogo para valer. Nancy Pelosi foi líder do partido por muito tempo. Aos 84, concorre à reeleição para a Câmara. Mas essa semana foi mostrar para o presidente Joe Biden as pesquisas que indicam que ele não pode mais derrotar Donald Trump.
Uma pesquisa feita a pedido do Partido Democrata segunda-feira (15) e terça-feira (16) dessa semana, ou seja, depois do atentado contra Donald Trump, mostra o republicano sete pontos na frente na corrida geral.
Mas não são esses números que realmente importam. Nos Estados Unidos, a disputa é por estado. E são seis os estados indecisos, que ora votam no Partido Republicano e ora no Democrata. Na pesquisa, em todos, Biden perde para Donald Trump. Ou seja, se essa pesquisa estiver certa, Biden não tem muitas chances.
Há uma semana, durante entrevista coletiva, o presidente afirmou que só desistiria da disputa se os números mostrassem que não há chance de ele ganhar. Ele afirmou:
“Adivinha? Nenhuma pesquisa diz isso”.
Na entrevista mais recente, que foi ao ar na noite de quarta-feira (17), declarou que desistiria da disputa se os médicos recomendassem. Ele disse:
"Eu pensei que fosse ser um candidato de transição, mas não esperava que o país fosse estar tão dividido. Eu mostrei na Presidência como sei fazer o trabalho, mas ainda há mais a ser feito e eu estou relutante de me afastar".
Nomes de peso do Partido Democrata pressionam Biden para que ele desista de concorrer à reeleição
Reprodução/TV Globo
Quando procurado por Pelosi, Biden ficou na defensiva, de acordo com a imprensa americana. Mas ela não foi a única a procurá-lo.
Chuck Schumer é o líder dos democratas no Senado. Essa semana, ele disse a Biden que está preocupado com as chances dele na disputa. O líder na Câmara, Hakeem Jeffries, também se disse receoso com os riscos para os candidatos do partido ao legislativo.
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Nos Estados Unidos, o voto não é obrigatório, e é o candidato à Presidência que mais estimula as pessoas a irem às urnas.
A Casa Branca informou que Biden continua de repouso em casa, depois de testar positivo para Covid- 9pela terceira vez. Não tem febre, mas se sente mal. Nem sinal de quando ele voltará à pista, mas aagenda já mudou. A vice-presidente vai substituí-lo em um encontro importante na segunda-feira (22).
Kamala Harris falou nesta quinta-feira (18) em um evento de campanha na Carolina do Norte e é ela quem vai receber o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aliado histórico dos Estados Unidos.
Harris é a mais cotada para substituir Biden porque só ela pode usar o dinheiro da campanha levantado pela chapa. Mas quem poderia cortar o fio que ainda segura a candidatura de Biden?
Quem falou com ele só uma vez desde o debate - há 20 dias - foi o ex-presidente Barack Obama. Ele é muito influente no partido e já disse para os seus aliados que Biden precisa seriamente repensar o futuro. Os dois exibiam intimidade quando Biden era vice. Agora, ele pode ser o empurrão final.
De acordo com o Jornal The New York Times, várias pessoas próximas a Biden disseram nesta quinta que ele já começar a aceitar a ideia de ter que desistir.
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Publicada por: RBSYS