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Mauro Cid volta para a prisão depois de atacar a PF e o Supremo

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Mauro Cid volta para a prisão depois de atacar a PF e o Supremo
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foi preso depois de prestar novo depoimento ao STF. O tenente-coronel foi ouvido por causa do vazamento de áudios em que atacou o Supremo e a Polícia Federal Mauro Cid volta a ser preso, agora por descumprir medidas cautelares e por obstrução da Justiça O tenente-coronel Mauro Cid está preso de novo. Agora por descumprir medidas cautelares e por obstrução da Justiça. O ministro do STF Alexandre de Moraes expediu a ordem depois que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro atacou a Corte e a Polícia Federal. A ordem de prisão é preventiva. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro quebrou o sigilo da delação e falou sobre as investigações. A prisão ocorreu depois do vazamento de áudios, revelados pela revista “Veja”, em que Mauro Cid afirma ter sido pressionado pela Polícia Federal durante depoimentos. O militar fechou acordo de delação premiada com a PF, homologado pelo ministro Alexandre de Moraes. Nos áudios, Cid alegou - a um interlocutor não identificado - que Alexandre de Moraes e a Polícia Federal estão com a narrativa pronta. “Eu vou dizer o que eu senti: eles já estão com a narrativa pronta deles, é só fechar e eles querem o máximo possível de gente para confirmar a narrativa deles. É isso que eles querem”. O tenente-coronel disse ainda que seria condenado a mais de 30 anos de prisão se não colaborasse com as investigações. “Porque eu estou em vacina, eu estou em joia”. O tenente-coronel também disse nos áudios que perdeu a carreira de militar. “Ninguém perdeu carreira, ninguém perdeu vida financeira como eu perdi. Todo mundo já era quatro estrelas, já tinha atingido o topo. O presidente teve PIX de milhões, ficou milionário, né? Está todo mundo aí”. Depois da divulgação dos áudios, na noite de quinta-feira (21), Mauro Cid foi intimado a prestar depoimento nesta sexta-feira (22) no STF - Supremo Tribunal Federal. Ele foi ouvido por cerca de 30 minutos por um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes e não revelou com quem estava conversando nos áudios. Após o depoimento, o militar foi preso pela Polícia Federal e levado para a PF. O tenente-coronel Mauro Cid, em um carro, deixou o Instituto Nacional de Criminalística, na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde passou por exame de corpo de delito. De lá, ele seguiu para o Batalhão da Polícia do Exército, onde ficará preso. Mauro Cid ficou quatro meses nesse batalhão depois de ser preso em maio de 2023 na operação que investiga a falsificação de cartões de vacinação de Jair Bolsonaro, parentes e assessores. Nesse caso, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente, Mauro Cid e mais 15 pessoas. O ex-ajudante de ordens só foi solto depois do acordo de delação, que segue em sigilo. No processo, Mauro Cid prestou uma série de depoimentos à PF sobre diversas investigações. Entre elas, a venda de joias recebidas de outros países e a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula. Agora, a validade da delação premiada ainda será analisada pelo STF, que pode, até mesmo, rescindir o acordo. Ainda durante a tarde, agentes da PF também cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de Mauro Cid, e apreenderam o celular dele e da mulher. A defesa de Mauro Cid não respondeu ao contato do Jornal Nacional. Na quinta-feira (21), horas depois do vazamento dos áudios, a defesa declarou que não há nenhuma suspeita sobre a conduta da Polícia Federal e do STF - Supremo Tribunal Federal. Na noite desta sexta-feira (22), o STF divulgou o conteúdo da audiência de Mauro Cid sobre o vazamento dos áudios. O ministro Alexandre de Moraes afirmou no despacho que tornou público o depoimento diante da necessidade de afastar qualquer dúvida sobre a legalidade, espontaneidade e voluntariedade da delação de Mauro Cid. Segundo o documento, ele confirmou integralmente o que disse em depoimentos anteriores. No depoimento desta sexta-feira, Mauro Cid disse que confirma e reafirma que a colaboração dele é espontânea. Ele disse que a vontade continua sendo a mesma, de forma espontânea e voluntária, que afirma não ter havido pressão do Judiciário ou da polícia. Perguntado pelo juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, que tomara o depoimento, se foi coagido a delatar, Mauro Cid disse que a decisão foi própria, de livre e espontânea vontade. O juiz também perguntou quem seriam os policiais que queriam que ele falasse coisas que não sabia ou que não teriam acontecido. Cid respondeu que nunca houve induzimento às respostas. O tenente-coronel também disse que nenhum policial federal o coagiu a falar coisas que não teriam acontecido. No fim do depoimento, Mauro Cid reafirmou que deseja manter o acordo de delação premiada. Isso ainda vai ser analisado pela Polícia Federal e pelo ministro Alexandre de Moraes. LEIA TAMBÉM Após depor sobre áudios vazados, Cid é preso por descumprimento de medidas e obstrução de Justiça Para investigadores e ministros do STF, Cid está pressionado e faz jogo duplo para tumultuar as investigações 'Desabafos gravados' e omitidos em delação: país tem precedente próximo ao do caso Mauro Cid

Publicada por: RBSYS

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