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Ministros do STF apontam associação de fraude do cartão de vacinação à dinâmica da tentativa de golpe de estado

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Ministros do STF apontam associação de fraude do cartão de vacinação à dinâmica da tentativa de golpe de estado

Segundo ministros ouvidos pelo blog, sem apoio para o golpe, Bolsonaro resolveu ir para EUA e, com medo de ser barrado por não ter cartão de vacina, patrocinou a emissão dos certificados falsos. Presidente Jair Bolsonaro diante de bandeira dos EUA em Brasília Reuters/Adriano Machado Ministros do Supremo Tribunal Federal ouvidos pelo blog ressaltam a relação entre a cronologia da fraude do cartão de vacina da Covid em favor de Jair Bolsonaro (PL) e a tentativa de golpe de Estado para mantê-lo no poder. Nesta segunda-feira (18), Bolsonaro e mais 16 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal na investigação que apura um suposto esquema de falsificação de vacinas. Segundo informações da Polícia Federal, o registro falso de vacinação de Bolsonaro contra a Covid foi inserido nos registros oficiais do governo brasileiro em 21 de dezembro de 2022. Em 30 de dezembro, na véspera do fim do mandato, o então presidente embarcou para o exterior. De acordo com ministros do STF, à época da inclusão falsa, já estava claro que as Forças Armadas – possivelmente diante da falta de apoio externo – não autorizariam um golpe de Estado. A mensagem em que o general Braga Netto, que havia sido candidato a vice de Bolsonaro, chama o comandante do Exército, Freire Gomes, de "cagão" por não ter aderido ao golpe foi enviada em 14 de dezembro. Por isso, o grupo do ex-presidente ''resolveu ir embora'' e, por medo de ser barrado ou fiscalizados por não ter cartão de vacina, houve a fraude. "A data é sintomática", diz um ministro do STF. Como o blog revelou, a PF afirma na investigação sobre o golpe de Estado que ''alguns investigados se evadiram do país, retirando praticamente todos seus recursos aplicados em instituições financeiras, transferindo-os para os EUA, para se resguardarem de eventual persecução penal". No caso de Bolsonaro, diz a PF, foi feita uma operação de câmbio no dia 27 de dezembro no valor de R$ 800 mil para um banco com sede nos EUA onde o ex-presidente possui conta. Entre investigadores da PF, a conclusão é a mesma: tudo está interligado, inclusive, a investigação sobre a tentativa, ocorrida também em dezembro de 2022, de resgatar joias milionárias que haviam sido dadas de presente por autoridades sauditas a uma comitiva do governo brasileiro.

Publicada por: RBSYS

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