Quaest: 50% aprovam o trabalho de Lula e 47% desaprovam
A equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia que a pesquisa Genial-Quaest mostra que o governo acertou no socorro prioritário ao Rio Grande do Sul e no diálogo com evangélicos, mas ainda precisa mudar o humor da população sobre o rumo da economia brasileira.
O levantamento divulgado nesta quarta-feira (8) mostra que o governo conseguiu estancar a queda na aprovação do presidente Lula, mas o alerta vem do fato de que as curvas estão empatadas tecnicamente. Enquanto 50% aprovam o trabalho do petista, 47% desaprovam.
Assessores presidenciais destacam também que o governo precisa evitar estimular a polarização e acenar para os eleitores que não votaram nem em Lula nem em Jair Bolsonaro (PL), grupo que acaba sendo um termômetro importante sobre a avaliação da administração petista.
Nessa parcela da população, o governo está com uma avaliação negativa crescente. No melhor momento para o presidente, em agosto do ano passado, 60% aprovavam e só 35% desaprovavam.
Segundo a equipe de Lula, o trabalho do governo em dois setores teve resultados. Na região Sul, a aprovação subiu de 40% para 47% entre fevereiro e maio. Enquanto a desaprovação caiu de 57% para 52%. Reflexo da atenção e prioridade para o socorro ao Rio Grande do Sul, um estado bolsonarista.
Entre os evangélicos, grupo que ganhou atenção especial de ações do governo e foco de publicidade, a reprovação caiu de 62% para 58% e a aprovação subiu de 35% para 39%. Ou seja, destacam auxiliares, o governo acertou ao fazer esses movimentos nas últimas semanas.
Lula adota linha pacifista para tentar driblar polarização
O principal desafio do governo Lula, admitem assessores, é a economia. Os bons números da inflação, desemprego e crescimento não alteram a avaliação principalmente entre bolsonaristas e brasileiros que não optaram nem por Lula nem por Bolsonaro na última eleição.
A avaliação do pesquisador Felipe Nunes, responsável pelo levantamento, é de que esse realmente se trata do maior desafio do governo.
"Embora a aprovação tenha parado de cair, o humor do eleitorado parece continuar negativo. Cresceram de 43% para 49% os brasileiros que acreditam que o Brasil está indo na direção errada na economia. Já os que avaliam que está na direção correta caíram de 45% para 41%", diz.
E essa piora do humor na economia se concentra principalmente entre aqueles que votaram em Bolsonaro no segundo turno. E, também, entre os não optaram por nenhum dos dois candidatos no segundo turno de 2022.
Entre eles, a avaliação negativa está crescente. Esse é um eleitorado importante porque, teoricamente, não é atingido pela polarização entre lulistas e bolsonaristas.
Publicada por: RBSYS