loader

PF aguarda dados dos EUA para confirmar se Bolsonaro e investigados usaram cartões de vacina falsos para entrar no país

  • Home    /
  •    Notícias    /
  • PF aguarda dados dos EUA para confirmar se Bolsonaro e investigados usaram cartões de vacina falsos para entrar no país
PF aguarda dados dos EUA para confirmar se Bolsonaro e investigados usaram cartões de vacina falsos para entrar no país
Informações do Departamento de Justiça dos EUA constam como 'diligência pendente' em relatório da PF. Bolsonaro, Mauro Cid e mais 15 foram indiciados por supostas fraudes. A Polícia Federal aguarda dados do Departamento de Justiça dos Estados Unidos para saber se o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Barbosa Cid e outros investigados usaram cartões de vacina falsos para entrar nos EUA no fim de 2022. Bolsonaro, Cid e mais 15 investigados foram indiciados pela PF nesta segunda (18) por uma série de crimes relacionados a esse esquema. Com o indiciamento, o caso passa às mãos da Procuradoria-Geral da República (PGR), que vai avaliar se há elementos suficientes para denunciar os investigados à Justiça. Nesta terça (19), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirou o sigilo do relatório da PF sobre esse caso. Nele, as informações do governo norte-americano constam como "diligências pendentes". "A investigação aguarda os dados decorrente do Auxilio Jurídico em matéria penal solicitado junto ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos – DOJ, que podem esclarecer se os investigados fizeram uso dos certificados de vacinação ideologicamente falsos quando da entrada e estadia no território norte-americano, podendo configurar novas condutas ilícitas", diz o documento. Cid: Bolsonaro pediu certificado de vacina falso para ele e a filha O governo dos Estados Unidos foi acionado porque, em 30 de dezembro de 2022, véspera de encerrar o mandato, o então presidente Jair Bolsonaro viajou para os EUA em avião presidencial – e permaneceu no país até março de 2023, já no governo Lula. Naquele momento, os EUA exigiam comprovante de vacinação contra a Covid para liberar o acesso de estrangeiros ao país. A defesa de Bolsonaro afirma que, como chefe de Estado, o presidente não precisaria ter apresentado o documento. No entanto, ainda não se sabe se Bolsonaro, em solo americano, teve de apresentar documentos nesse sentido em algum momento. Jair Bolsonaro deixa o Brasil rumo aos EUA Assessores de Bolsonaro usaram documentos falsos Ainda que Bolsonaro não tenha usado o documento forjado, a PF também apura a conduta de militares que assessoravam o então presidente – e seguiram em sua equipe após o fim do mandato. É o caso do tenente-coronel Mauro Barbosa Cid e da esposa, Gabriela Cid. E dos militares Max Guilherme Machado de Moura e Sergio Rocha Cordeiro, nomeados seguranças de Bolsonaro para o período pós-presidência. A PF reuniu provas de que os quatro emitiram certificados falsos de vacinação contra a Covid usando o sistema ConecteSus, do Ministério da Saúde. Os dados forjados, segundo a investigação, foram inseridos por João Carlos de Sousa Brecha, então secretário de Governo do município de Duque de Caxias. Em depoimentos à Polícia Federal, Mauro Cid disse que o objetivo da fraude era "ter o cartão falso para uma necessidade qualquer", e "que uma dessas necessidades seriam as viagens". Gabriela Cid, também em depoimento à PF, disse que apresentou cartão de vacinação contra a Covid ao embarcar para Miami, na Flórida (EUA), em 14 de dezembro de 2022. A Polícia Federal também incluiu no inquérito mensagens em que Mauro Cid pergunta a Ricardo Camarinha, então médico de Bolsonaro, se a esposa poderia usar um quadro de "sopro no coração" como justificativa médica para não tomar a vacina. O relatório não indica a resposta de Camarinha, mas aponta que, em seguida, Mauro Cid providencia um certificado forjado para a mulher. "As mensagens foram enviadas por Mauro Cid cerca de um mês antes das inserções dos dados falsos de vacinação contra a Covid-19 em benefício de Gabriela Santiago Cid, demonstrando que Mauro Cid estava tentando encontrar alguma forma de viabilizar a viagem de sua esposa para os Estados Unidos sem a necessidade de ter o comprovante de vacinação", diz a PF no relatório. "Como não conseguiu, engendrou o esquema para falsificar os dados de vacinação e emitir o certificado que permitiria Gabriela Santiago Cid cumprir as exigências sanitárias para viajar aos Estados Unidos", prossegue.

Publicada por: RBSYS

BAIXE NOSSO APP

Utilize nosso aplicativo para escutar RÁDIO STÚDIO FISCHER direto de seu dispositivo movel.

img

Copyright © 2024 RÁDIO STÚDIO FISCHER. Todos os direitos Reservados.