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PF indicia Bolsonaro, Mauro Cid e mais 15 pessoas por falsificação de certificados de vacinas contra Covid

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PF indicia Bolsonaro, Mauro Cid e mais 15 pessoas por falsificação de certificados de vacinas contra Covid

No fim do relatório, a Polícia Federal liga o caso dos certificados de vacinação à investigação de um plano de Bolsonaro e aliados para dar um golpe de Estado e impedir a posse do presidente Lula. PF indicia Jair Bolsonaro, Mauro Cid e mais 15 pessoas no caso dde falsificação de certificados de vacina da contra Covid A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid e mais 15 pessoas pelo caso de falsificação de certificados de vacinas da Covid. Na delação, o ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, afirmou que foi Bolsonaro quem pediu a falsificação dos certificados dele e da filha. A Polícia Federal considera a possibilidade de essa fraude estar ligada à tentativa de golpe de Estado. A investigação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF - Supremo Tribunal Federal. Para a Polícia Federal, há elementos suficientes para comprovar que os investigados cometeram crime. Os investigadores afirmam que um grupo ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro inseriu informações falsas sobre a vacinação contra a Covid no sistema do Ministério da Saúde poucos dias antes de Bolsonaro viajar aos Estados Unidos, em dezembro de 2022, último mês do mandato dele. Na época, os Estados Unidos exigiam comprovante de vacinação para admitir a entrada de estrangeiros. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro - que fez um acordo de delação premiada com a PF -, admitiu aos investigadores que falsificou cartões de vacinação para ele e sua família, e que depois fez o mesmo para o então presidente e a filha dele. Mauro Cid disse que a ordem para falsificar esses documentos partiu do próprio Jair Bolsonaro. O tenente-coronel afirmou que Bolsonaro, após saber que Mauro Cid possuía os cartões de vacina para si e sua família, solicitou que o ajudante de ordens fizesse para ele também; que o ex-presidente deu a ordem para fazer os cartões dele e da sua filha, de 12 anos. Mauro Cid confirmou que recebeu a ordem do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, para fazer as inserções dos dados falsos no nome dele e da filha no sistema do Ministério da Saúde, e que esses certificados foram impressos e entregues em mãos ao então presidente. Bolsonaro indiciado: veja linha do tempo das investigações e casos ainda em apuração De acordo com a PF, para falsificar os documentos no sistema do Ministério da Saúde, o ConecteSUS, Mauro Cid encaminhava o pedido de inserção dos dados falsos para Ailton Gonçalves Barros, militar da reserva do Rio de Janeiro, também indiciado. Este, por sua vez, encaminhava os dados para o então secretário municipal de governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha que, mediante suas credenciais de acesso, executava as inserções dos dados falsos no sistema do Ministério da Saúde. Segundo a PF, João Carlos de Sousa Brecha, que também foi indiciado, inseriu os dados falsos de Bolsonaro e da filha dele no sistema no dia 21 de dezembro de 2022. A PF afirma que o então secretário registrou a primeira e a segunda doses de Bolsonaro por volta das 19h. Logo depois, a primeira dose da filha do ex-presidente. O registro da segunda dose foi depois das 23h. No dia seguinte, pouco antes das 8h, a conta do ex-presidente no ConecteSUS, já com as informações falsas, foi acessada de dentro do Palácio da Alvorada. O relatório aponta ainda que, em seguida, os documentos forjados foram impressos, também de dentro do Palácio. A conta do ex-presidente no ConecteSUS, já com as informações falsas, foi acessada de dentro do Palácio da Alvorada. Jornal Nacional/ Reprodução Cinco dias depois, as informações foram excluídas do sistema por uma servidora da Prefeitura de Duque de Caxias sob a justificativa de erro. A Polícia Federal concluiu que “os elementos de prova coletados são convergentes em demonstrar que Jair Messias Bolsonaro agiu com consciência e vontade determinando que seu chefe da Ajudância de Ordens intermediasse a inserção dos dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde em seu benefício e de sua filha”. A PF pediu ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos mais informações para saber se os investigados usaram os certificados falsos para entrar ou permanecer no país. No fim do relatório, a Polícia Federal liga o caso dos certificados de vacinação à investigação de um plano de Bolsonaro e aliados para dar um golpe de Estado e impedir a posse do presidente Lula. Segundo os investigadores, o esquema de fraude dos cartões de vacina “pode ter sido utilizado pelo grupo para permitir que seus integrantes, após a tentativa inicial de golpe de Estado, pudessem ter à disposição os documentos necessários para cumprir eventuais requisitos legais para entrada e permanência no exterior (cartão de vacina), aguardando a conclusão dos atos relacionados a nova tentativa de golpe de Estado que eclodiu no dia 8 de janeiro de 2023”. O ex-presidente foi indiciado pela PF pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público. Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis, do MDB do Rio de Janeiro - que, segundo a PF, também se beneficiou do esquema -, estão na lista de 17 indiciados. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, já enviou a conclusão da PF para a Procuradoria-Geral da República, que tem 15 dias para se manifestar. Agora, cabe a PGR decidir se pede novas diligências, o arquivamento do caso, ou se oferece denúncia, uma acusação formal, contra os investigados. A defesa de Jair Bolsonaro afirmou que o ex-presidente, por convicção pessoal, jamais fez uso de imunizante contra a Covid; que, ao entrar nos Estados Unidos, no fim de 2022, o atestado vacinal não foi pedido a Bolsonaro porque era presidente. A defesa afirma que, em março de 2023, para voltar ao Brasil, Bolsonaro apresentou um teste PCR feito na véspera e que o ex-presidente jamais determinou ou soube que assessores tivessem falsificado certificados vacinais. A defesa de Jair Bolsonaro disse ainda que a Polícia Federal ignora que não haveria motivo para a falsificação de certificados de Bolsonaro e da filha, que tinha 12 anos na época e estaria dispensada de atestado; que a decisão da Polícia Federal é precipitada, porque não há suspeita sobre a participação do então presidente nos delitos; que se alguém tomou essas providências, o fez por iniciativa própria, à revelia de Bolsonaro e da filha; e que não há provas do contrário nos autos. A assessoria de Gutemberg Reis afirmou que ele não vai se manifestar até que a defesa tenha acesso integral ao processo. A defesa de João Carlos de Sousa Brecha disse que não teve acesso ao relatório da PF, às provas mencionadas e que vai demonstrar a inocência do cliente. Ailton Gonçalves Barros e a defesa de Mauro Cid não deram retorno ao contato do Jornal Nacional. LEIA TAMBÉM: PF diz que Bolsonaro agiu com 'consciência e vontade' e pediu falsificação de cartões de vacina Bolsonaro deu a ordem para emitir certificados de vacinação para ele e filha, disse Cid em delação Veja em INFOGRÁFICO quem é quem e o que fizeram indiciados por fraude de vacinações

Publicada por: RBSYS

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