Crime ocorreu em São Vicente (SP) e julgamento ocorre nesta terça-feira (16). Defesa de Anderson de Oliveira Freitas alega que ele é inocente. Julgamento de MC Primo ocorre no Fórum de São Vicente (SP).
Reprodução e Alexsander Ferraz/A Tribuna Jornal
Anderson de Oliveira Freitas, o policial militar acusado de matar o cantor MC Primo, é julgado nesta terça-feira (16), mais de 12 anos após o crime que ocorreu em frente à casa do funkeiro. O júri popular acontece no Fórum de São Vicente, no litoral de São Paulo.
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Jadielson da Silva Almeida, conhecido como MC Primo, foi abordado por criminosos em uma motocicleta e um carro branco quando chegava em casa, no bairro Jóquei Clube, em abril de 2012. Ele foi atingido por pelo menos 11 disparos e chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
O julgamento chegou a ter início no dia 14 de maio, mas foi suspenso após a defesa do réu abandonar o plenário. Na ocasião, testemunhas e o próprio acusado prestaram depoimentos. A audiência foi remarcada para 10h desta terça-feira. O júri recomeça do zero e todos deverão ser ouvidos novamente.
Ao g1, o assistente de acusação do Ministério Público (MP), Eugênio Malavasi, afirmou que a expectativa da família é a responsabilização penal de Anderson. Desta forma, a acusação trabalhará para que ele seja condenado por homicídio qualificado, podendo ser condenado de 12 a 30 anos de prisão. “Porque as provas são irrefutáveis [incontestáveis] que recaem sobre a autoria delitiva”.
Em contrapartida, a defesa de Anderson garante que ele é inocente. “Lamentavelmente a família da vítima acabou perdendo o seu ente querido, mas o judiciário deve dar a resposta compatível ao dano da família e não colocar um inocente atrás das grades”, disse o advogado Emerson Lima Tauyl.
PM acusado de matar MC Primo vai a júri popular
Investigação
Em dezembro de 2022, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) apresentou uma denúncia na qual um exame pericial comprovou que um dos 11 projéteis que atingiram a vítima saiu da arma de fogo de Anderson, que teve a prisão preventiva decretada.
Conforme apurado pelo g1 na época, ao ser interrogado em juízo, o acusado negou o crime descrito na denúncia e disse que não trabalhou como PM na data dos fatos, pois era folga dele. Ele ainda declarou que não conhecia a vítima antes dos fatos serem veiculados.
O juiz, porém, relatou na sentença que Anderson foi visto cumprimentando MC Primo horas antes do crime. Ainda de acordo com o documento apresentado pelo MP-SP, a “execução foi realizada por grupo criminoso armado”, mas, até o momento, “apenas um dos criminosos foi identificado, tratando-se de um policial militar”.
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Publicada por: RBSYS