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Sexo, drogas e motos empinadas na rua: moradores do Cristo Redentor cobram fim de 'pancadões' em Ribeirão Preto

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Sexo, drogas e motos empinadas na rua: moradores do Cristo Redentor cobram fim de 'pancadões' em Ribeirão Preto

Aglomerações nas madrugadas dos finais de semana tiram a paz de moradores, que se sentem abandonados por autoridades. PM diz que situação exige planejamento para evitar confrontos e vítimas. Jovens fecham entrada de bairro para festa no meio da rua, em Ribeirão Preto Moradores do Jardim Cristo Redentor, na zona Norte de Ribeirão Preto (SP), pedem às autoridades que coíbam festas conhecidas popularmente “pancadões” realizadas no meio da rua no bairro e que causam perturbação da ordem. Imagens recebidas pela EPTV, afiliada da TV Globo, mostram centenas de pessoas consumindo bebidas e bloqueando a Rua João Dias e fechando a alça de acesso à Rodovia Alexandre Balbo (Anel Viário Norte). Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp O barulho causado pela música alta e pelas motos sendo empinadas pelos condutores também incomoda os vizinhos. Um morador, que prefere não se identificar, diz que dormir em casa à noite não tem sido fácil, principalmente nos finais de semana. “Infelizmente, a gente não consegue dormir, estamos há vários finais de semana, sempre na sexta e no sábado, sem dormir. É muito som alto, pessoas andando de moto, estalando motor. É um bagunça geral, a gente não teve ajuda de policiamento nenhum.” De acordo com ele, os moradores acionam a polícia, mas nenhuma viatura é enviada ao local. O homem calcula que cerca de cinco mil pessoas participem dos 'pancadões'. “Obstruem a entrada do bairro quanto a passagem de pessoas. Motoqueiros empinam moto na ciclofaixa. O nosso bairro tem pessoas que trabalham às 3h, 4h, tem muita gente saindo para trabalhar e eles vão ao encontro dessa bagunça. Os ônibus estavam sendo obstruídos. Eu nunca tinha visto uma barbaridade dessa.” Aglomeração no acesso ao bairro Jardim Cristo Redentor nos finais de semana tem perturbado moradores em Ribeirão Preto, SP Arquivo pessoal LEIA TAMBÉM: Moradores convivem com aglomeração e som alto na madrugada: 'Fico com medo de sair' Segundo moradores, as pessoas ficam concentradas perto de uma adega. O problema acontece há meses e as imagens enviadas à EPTV mostram a sujeira deixada no local após as festas: são embalagens plásticas de todo tipo e latas largadas perto do estabelecimento. “Fica muita sujeira. Eles [donos da adega] juntaram uma caçamba de lixo no domingo porque a população caiu em cima e eles tiveram que juntar. É bagunça demais. De sexta até domingo não para. Só não fizeram esse domingo porque a população caiu de pau. Nunca teve polícia. Disseram que teria que vir o batalhão inteiro. É uma bagunça completa, fora as brigas que tem. Eu trabalho a semana inteira e não descanso no fim de semana. Sem meu direito.” Outro morador, que também prefere não se identificar, diz que já passou por uma das festas a caminho de casa e que há excessos como sexo e consumo de drogas ilícitas. “Você vê de tudo o que é proibido: uso de droga, sexo explícito em via pública. Parece que nós perdemos as leis, a Justiça, é de deixar indignado. A gente começa a perder a esperança nas leis. O que mais tem são menores junto de maiores. Inclusive a venda da bebida, em vários pontos a compra é feita por menores. Nenhuma viatura comparece ao local.” Lixo deixado por participantes de 'pancadão' no bairro Jardim Cristo Redentor nos finais de semana em Ribeirão Preto, SP Arquivo pessoal Responsabilidade de quem? O Ministério Público tem conhecimento das reclamações. O promotor da Infância e Juventude Carlos Alberto Goulart aponta como grave a situação quando menores de idade estão envolvidos e diz que os pais podem ser responsabilizados. “Os pais respondem pelos atos dos filhos menores, isso está no Código Civil, no Estatuto da Criança e do Adolescente. Agora, numa situação como essa, é preciso identificar esses adolescentes, a própria polícia tem essa obrigação legal de identificar para que a gente possa tomar as providências contra os pais”, diz Goulart. Segundo o promotor, a Polícia Militar, a Guarda Civil Metropolitana e também a empresa responsável pelo transporte público e pelo trânsito precisam tomar providências. O que dizem as autoridades Procurada, a Polícia Militar disse que recebeu uma solicitação no domingo (17) e que uma equipe esteve no local, constatou que havia uma aglomeração no local, mas não pode atuar porque haveria risco às pessoas envolvidas. A PM disse que vai fazer o monitoramento prévio de futuros eventos dessa amplitude para planejar ações. “Ações de restabelecimento da ordem pública, quando necessárias, são de extrema complexidade para a Polícia Militar, que na maioria das vezes é hostilizada colocando em risco a integridade física de policiais militares no desempenho de suas funções, de pessoas da comunidade além de ocorrências de danos ao patrimônio público e privado.” A RP Mobi, empresa responsável pelo trânsito em Ribeirão Preto, disse que não emite autorizações para ocupação de vias públicas para festas como as que estão acontecendo no bairro e que as denúncias devem se feitas à PM. Já a Prefeitura de Ribeirão Preto informou que compete ao município a remoção do lixo deixado no local. Segundo a administração, o serviço será realizado até sexta-feira (22). Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão e Franca Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

Publicada por: RBSYS

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